Todo o frio sentido pela estrada se transformou em calor - a chegada na casa da família Ortaça representou um alento: conhecemos os filhos, a produtora/esposa, os amigos e a fartura da mesa gaúcha, muita carne, vinho, sagu, batata doce. Essa confraternização, essa proximidade gradativa e intensa, foi essencial para definir um conceito que norteia o documentário "o som e a cor da minha terra", sobre Pedro Ortaça e sua música - uma narrativa que fala de dentro do núcleo familiar e que valoriza a tradição missioneira, suas paisagens, seus gostos, cheiros, relações.
Já em Porto Alegre se iniciou o que consideramos uma releitura sobre a música do Rio Grande do Sul e até mesmo sobre seu povo e sua paisagem. Conhecer, filmar e viajar até Pelotas com Giba Giba e seu sopapo - ou o sopapo e Giba Giba - uma tradução de um encontro orgânico entre o percussionista e seu tambor. Ali se deu um "encontro de almas". Filho de Ogum, sagitariano, expansivo, carinhoso, apaixonado. Giba Giba é fantástico. E ficou o receio de não conseguirmos expressar, nesses 26 minutos, um fragmento dessa puta alma de artista.
Já deixou saudades.
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